De 1870 aos dias de hoje
Nasce o Sonho na Quinta da Aveleda
Manoel Pedro Guedes, torna-se o herdeiro legítimo da Quinta da Aveleda, em 1870. Nesta altura, são construídos os muros e o portão principal da Quinta, delimitando toda a propriedade. Começa também a criação e do jardim romântico - um lugar surpreendente, onde o espanto e a diversão se cruzam numa atmosfera quase irreal e mágica. Manoel Pedro define um novo caminho para a Quinta da Aveleda, com a plantação de vinha ao estilo francês, com castas separadas na vinha. Foi construída uma adega com capacidade para 300 pipas de vinho, quando a Quinta da Aveleda produzia apenas 30 pipas e Manoel Pedro defende a sua visão com a frase, “O futuro desta casa será o vinho”. Assim começa o sonho de Manoel Pedro Guedes de cuidar da Quinta da Aveleda e que será perpetuado ao longo de várias gerações.
Vinhos premiados internacionalmente
Os vinhos Aveleda conquistam as primeiras medalhas internacionais pela sua qualidade: medalha de Ouro na Exposição Internacional de Berlim e medalha de Prata na Exposição de Paris. Começa uma epopeia de sucesso, que vem tornar os vinhos da Quinta da Aveleda conhecidos e apreciados pelo mundo fora.
Fernando Guedes da Silva Fonseca, um homem de família
Fernando Guedes (da Silva), filho de Manoel Pedro, foi um homem de família. Teve sete filhos com a mulher Maria Helena van Zeller, três rapazes e quatro raparigas. Compra metade da Quinta da Aveleda ao seu irmão e também herdeiro, Manuel Guedes (da Silva), unindo a propriedade e tornando-a indivisível. Para além de construir a casa nova que hoje conhecemos na Aveleda, inspirada nos belíssimos châteauxs de bordéus, Fernando Guedes instalou a fonte das quatro irmãs em homenagem às suas quatro filhas e às quatro estações do ano. Fernando Guedes ajudou a fundar a CVRVV em 1908, criando assim, uma entidade de certificação de qualidade da região dos Vinhos Verdes.
Roberto van Zeller Guedes
Neto de Manoel Pedro Guedes junta-se ao seu pai na Quinta da Aveleda com apenas 23 anos. Roberto van Zeller Guedes é um apaixonado por vinho, pela natureza e pelas artes e com ele nasce uma das marcas que faria história no sector do vinho em Portugal: Casal Garcia. Sempre grande defensor dos valores familiares, Roberto propugnou a união da família centrada na casa da Quinta da Aveleda e na exploração vitivinícola da propriedade. Assim as estadias na Casa da Quinta passaram a ser regulamentadas de forma que cada ramo pudesse disfrutar de uma estadia de um mês por ano, e assim desenvolver nas gerações seguintes uma ligação duradoura, que até hoje se mantém.
Uma marca icónica: Casal Garcia!
Fascinado pela beleza fulgurante das vinhas na paisagem, Eugène Hélisse visita pela primeira vez a Quinta da Aveleda em 1937 e conhece Roberto van Zeller Guedes, neto do fundador. Depois de várias conversas e ensaios, em 1939 é lançado um vinho de cor clara e límpida, muito fresco, aromático e equilibrado ao qual se deu o nome da vinha que lhe deu origem: Casal Garcia.
Expansão da adega
Estes foram os anos que viram os vinhos da Aveleda a terem uma procura crescente em Portugal e no mundo. Para fazer face ao sucesso do Vinho Verde Casal Garcia e da Quinta da Aveleda, Roberto van Zeller Guedes realizou novas construções, incluindo a nova adega das Figueiras com capacidade para 475.000L e a mecanização da linha de engarrafamento.
Pela flora e fauna dos jardins
Um apaixonado pela flora e fauna dos jardins e por ocasião das suas bodas de prata, Roberto inaugurou o Fontanário da N. Sr.ª de Vandoma, Santa padroeira do Porto, um dos lugares favoritos de muitos familiares, colaboradores e visitantes no jardim da Quinta da Aveleda.
Luis Manuel Alves Machado Guedes
O segundo filho de Roberto Guedes, é o primeiro da quarta geração a ingressar na Aveleda para se juntar ao seu tio na área comercial e relações-públicas. Lembrado por todos como um homem encantador, viajou incessantemente pela Europa, Américas, África e extremo oriente para difundir as marcas da empresa. Em 1967, já em conjunto com o seu irmão António, tornou-se administrador e formou os departamentos de marketing e comercial, administrativo e financeiro. Criou o centro de enoturismo e a loja da Aveleda na Quinta, que representava 10% da faturação da empresa. Foi primordial em manter a Aveleda nas mãos da família que lhe dá seguimento hoje, até à fase em que foram aparecendo diversas OPA's sobre a empresa entre 1996 e 1998. Morre em 1998, conhecedor do desfecho feliz que a empresa se manteve com os irmãos e as suas filhas.
Sucesso de vendas
A crescente procura dos vinhos Casal Garcia e Aveleda fazem com que a produção atinja os 10 milhões de litros.
António Alves Machado Guedes
António Alves Machado Guedes, filho de Roberto van Zeller Guedes, junta-se à Aveleda depois da morte repentina do seu pai. Dedica o tempo que tinha disponível ao cargo de diretor técnico da Aveleda enquanto frequentava o serviço militar. Viajou pela Argentina, Chile, África do Sul, Califórnia e vários países europeus e apercebeu-se da urgência em transformar os métodos utilizados na viticultura para uns mais adaptáveis à região. Assim se deu a conversão de todas as vinhas da Aveleda a vinha mecanizada, e foram feitas novas plantações em Meinedo e Mondim de Basto. A Aveleda passou a trabalhar 170ha de vinha. Durante as suas funções como administrador, quer, primeiro, com seu irmão Luís, quer, depois, com seu irmão Roberto formaram uma força coesa e responsável, que levou esta empresa ao que é hoje.
Enoturismo
O aumento do turismo na região, e em particular na Quinta da Aveleda, fez com que se adaptassem edifícios com salas de prova e loja, para acolher os milhares de visitantes. A Aveleda torna-se a primeira empresa no país, fora do sector do Vinho do Porto, a iniciar esta atividade.
Modernização
Nos anos 80, foram realizadas a construção e a atualização dos edifícios. Foram também implementados os processos de controlo de qualidade e segurança alimentar. A construção da autoestrada Porto – Vila Real também se concluiu neste período, o que permitiu a que os colaboradores que se encontravam nos escritórios no Porto, fossem transferidos para a Quinta da Aveleda em Penafiel, e assim, num regresso a “casa”.
Roberto Alves Machado Guedes
Roberto Guedes é convidado a integrar a direção da Aveleda em 1997, após uma longa carreira na gestão de diversas outras empresas. A sua experiência de gestão no seu percurso profissional, foram mais-valias para a definição da estrutura acionista familiar e os três pilares da empresa: família, acionistas e colaboradores. As alterações governativas implementadas durante os anos que Roberto Guedes ocupou o cargo como administrador da Aveleda permitiram uma estabilidade económica significativa para a empresa e assim se preparou o caminho para nova geração.
Quinta d’Aguieira
Após uma visita à Quinta d’Aguieira, e ao ficar a conhecer os vinhos que envelheciam na adega da casa há várias décadas, António e Roberto Guedes compram esta propriedade histórica da Bairrada.
Crescimento do negócio
No início do novo milénio, foi estabelecido o contrato de distribuição com a PrimeDrinks em Portugal que se mantém até aos dias de hoje. Em 2007, a Aveleda foi considerada uma das melhores produtoras de vinho do mundo pela revista Wine & Spirits e finalmente, em 2009, é lançada a 2ª referência de Casal Garcia desde a sua criação, o Casal Garcia Rosé.
Aposta na exportação
A Aveleda ultrapassa os 10 milhões de garrafas de Casal Garcia vendidas. Com a crescente procura do mercado americano por Vinho Verde, foi constituída a Aveleda, Inc., importadora de vinhos da Aveleda nos Estados Unidos da América que é também propriedade da empresa.
A quinta geração: Martim e António Guedes
A quinta geração, liderada pelos primos Martim Andersen Guedes e António Azevedo Guedes passam a dirigir a empresa. Os dois de perfis muito diferentes, mantêm uma direção bicéfala que se tem refletido em muitos sucessos ao longo dos últimos anos. António, que seguiu a sua paixão pelo vinho e se especializou na área de viticultura, integrou a Aveleda em 2002 para se dedicar ao projeto da Quinta d’Aguieira. Mais tarde, fica responsável como diretor de viticultura da empresa, até integrar a administração com o pelouro das áreas de produção, viticultura e enoturismo. Martim estudou gestão, e trabalhou no sector financeiro antes de entrar para a Aveleda. Hoje supervisiona as áreas comercial, marketing, I&E e recursos humanos da empresa.
Viticultura revolucionária
Em 2014, deu-se início ao projeto de aumento de vinha própria onde foram adquiridas novas parcelas e plantadas vinhas de acordo com os princípios de viticultura da Aveleda. Nesse mesmo ano, o vinho Aveleda Alvarinho ganhou o Melhor Alvarinho do Mundo no Concours Mondial de Bruxelles e o vinho Quinta da Aveleda (hoje conhecido como Aveleda Loureiro & Alvarinho) ficou no Top 100 Best Buy da Wine Enthusiast.
O início da aposta na região do Douro
Em 2016, a Aveleda adquire uma propriedade no Douro Superior conhecida por “Seis Quintas” e que mais tarde se designa como “Quinta do Vale do Sabor”. Este ano também ficou marcado pelo lançamento de uma nova gama de produtos da marca Casal Garcia; as novas Sangrias que viriam a ser um sucesso logo no ano de lançamento.
Compra da Quinta Vale D. Maria
A Aveleda compra a Quinta Vale D. Maria ao primo Cristiano van Zeller que passa a integrar os acionistas da Aveleda. A Quinta Vale D. Maria é pioneira na criação de um caminho de reconhecimento de prestígio e qualidade dos vinhos DOC Douro. A cada colheita, os seus vinhos são reconhecidos pelos mais exigentes provadores nacionais e internacionais como dos melhores vinhos portugueses. A Aveleda passa a integrar no portfólio uma nova gama de vinhos e uma nova oferta para o mercado.
Empresa do Ano
A Aveleda foi considerada a “Empresa do Ano” pela Revista de Vinhos. A Aveleda inova e dá um passo para uma nova região: o Algarve. É lançada a marca Villa Alvor que presta homenagem aos povos que habitaram o Algarve como os romanos e os árabes e que é reconhecida pela qualidade dos seus vinhos brancos de carácter frutado e expressivo.
150 anos de história
Em 2020, a Aveleda completou 150 anos de história e voltou a quebrar o seu recorde, produzindo até ao final do ano mais de 20 milhões de garrafas. Este ano ficou marcado ainda pelo lançamento de novos vinhos da consagrada marca “Aveleda”, que passou a incluir vinhos com origem em solos diferentes e duas parcelas especiais das vinhas da Aveleda. O destaque, no entanto, é para o vinho que presta homenagem ao fundador, Manoel Pedro Guedes, e de quantidades muito limitadas.